sábado, 24 de abril de 2010

Fu

Bom... acho que perceberam que faz tempo que não posto, e isto tem um motivo que:
não é falta do que falar
não é o tal do "branco"
não é falta de imaginação.
Horas em ônibus me fizeram pensar em muitas coisas. A questão é mais técnica...
o Blogspot me fez cair do cavalo e apareceu um problema aqui que realmente me incomoda: ninguém consegue comentar. E já tentei de tudo, desde mudar rapidamente as configurações até mudar o layout. Tudo em vão.
Por isso, estou mudando... voltando pra casa, pro Wordpress.
Foi bom o quanto durou!
unhasfracas.wordpress.com
Os vejo por lá!

beijos!

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sábado, 27 de fevereiro de 2010

17568 horas

Pois é, aqui estamos.
Há uns 2 anos atrás, tomei a iniciativa de fazer um blog. Não sabia que poderia criar um gosto pelo ato de escrever, muito menos que acharia uma nova paixão na internet. Só queria... começar.
Começar algo que nem sabia se iria dar certo, era algo totalmente sem finalidade. E isso foi positivo, em certo ponto, já que não limitei o que viria de minha mente uns tempos depois.
Meu primeiro blog tinha como endereço meu próprio nome, giovannamelanie.wordpress.com, ou seja, reflexo de que eu não sabia o que ia fazer, nem sobre o tema que ia seguir. O nome era simples, clichê: Coffee Break¹. Até que gostava dele. Mesmo assim, ainda me incomodava o endereço do tal, já que era demasiado comprido e também nada interessante. Mesmo assim, continuei com este.
Quando as coisas estavam mais diferentes, quando comecei a levar a sério o tal diário online, decidi mudar o nome. "Lonely Hearts Club!" foi escolhido. Um toque "beatle" nunca é demais, não? Pois é, a partir deste desisti do endereço que tanto me incomodava e abandonei o Wordpress, vindo pro Blogspot (que, na minha humilde opinião, é muito mais fácil de editar). Eis que surge, do além (rs), o nome atual: Unhas Fracas.
Ok, sei bem que o nome dá certa aflição, mas gosto dele. E minhas unhas são fracas mesmo, literalmente.
Enfim, aqui estamos. Aqui estou. Talvez (quase certeza) ausente. Mas me orgulho de saber que aprendi a extravasar pelo menos um pouco daquilo que sinto, e de poder dividir tudo isso. Parabéns aos blogs, e obrigada pra quem lê.

Outro toque Beatle não faz mal, também, heh.
beijos!

¹. Téo me ajudou muito nessa fase!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fuga nº 1 de Giovanna

...escrevo, contextualizo, divago, descrevo, sinto, transmito, faço uso, prolíxo!
vindo do novo da mente, mente aberta que exala ideias, mente aberta que indica soluções... ou talvez as letras indiquem somente um esboço do improvável, ou o grito abafado resumido à tinta? Não uso do real, gosto do irreal, quero o original, busco o distinto, caminho nos fios do criativo, me rendo aos pensamentos, encontro o que nunca vi. Paralelo, eis a palavra, eis o que posso dizer, eis o que quero dizer: paralelo àquilo, ao que vivo, ao que sinto (ou talvez não), paralelo ao costume, ao normal, ao real... paralelo à linearidade e paralelo à cúpula que limita.

"A escrita é a pintura da voz."
( Voltaire )

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Que 2010 seja

Igual aos outros anos. Que tenha tanto momentos bons quanto ruins, que lições sejam completadas e objetivos traçados. Que o destino não seja a desculpa do fracasso. Que a paz seja almejada, que a felicidade talvez possa ser alcançada. Que os idosos não sejam velhos, e que a aposentadoria não indique o fim da produtividade. Que os jovens sejam sedentários e também ativos, que o equilíbrio possa ser algo possível e que o nacionalismo esteja além do Maracanã. Que o vendedor da loja seja respeitado pelo cliente, e que tanto este respeite aquele. Que se possa respirar do mesmo jeito, sem tanto esforço. Que as bicicletas sejam respeitadas, que as fábricas não levem toda a culpa. Que se possa sonhar com o amor, mesmo este sendo difícil. Que o amor seja algo difícil. Que se possa saber que existem muitas paixões, e que estas sejam saudáveis. Que o ciúme não ultrapasse os limites da razão, e que esta seja usada sempre que possível. Que a camisinha possa evitar soluções drásticas. Que os fanáticos abram os olhos: tanto os religiosos quanto os torcedores de futebol. Que se possa primeiro resolver seus problemas, e depois resolver os dos outros. Que a mídia não exponha porcarias, e que os indivíduos não sofram (mais ainda) dano cerebral. Que as pessoas não se limitem tanto. E que a liberdade termine no espaço do outro.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ch, Ch, Ch, Changes

"Caramba. Passei."

Explosão no peito, alegria impossível de ser contida, lágrimas nos olhos, alívio nos ombros. Tudo era reflexo daquilo que havia batalhado durante tempos, meses. Estava alí, seu nome. Estava alí mesmo.
Para outras, poderia ser algo quase idiota, um orgulho desnecessário. Aos que não entendiam, poderia ser algo distante e não importante. Mas para quem sabia, para quem havia lutado pelo sonho, era algo indescritível, uma vitória.
Vitória! Como era bom saborear a palavra... sentir que nada foi em vão: suas noites mal dormidas, seu "não" aos passeios, sua falta de internet e seu acúmulo de livros. Agora tinha certeza de que era capaz, agora poderia provar ao seu maior desafiador (que, por acaso, era ela mesma) que sim, conseguia... e conseguiu.
Chega daquela história de desocupação, mesmisse. Seu Ano Novo seria realmente novo, seria distinto dos outros, não seria mais um engano de que "agora tudo vai mudar". Consequentemente, não seria tão "confortável" como os passados, mas seria desafiador e instigante, ou seja, um outro universo, um muito diferente daquele que estava acostumada.
Pois lá estava mudando algo, com suas próprias mãos. E esse algo, leitor, era o seu futuro.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Vírgulas

- Elas sempre são suas desculpas.
- Sei disso, e tenho razão por usá-las.
- Fala sério. É só um mísero símbolo. Você sabe como sou.
- Vírgulas mudam tudo. Mudam o que quis dizer... você não pode ignorá-las só porque não quis ouvir, ou ler, que eu disse. Só porque não quis aceitar.
- Você está mentindo... eu não sou assim! Você que é detalhista demais... sentimentos não se resumem à virgulas! Diga logo o tem pra dizer. E seja direto.
- Não quero mais nosso relacionamento.
- Sem vírgulas, agora?
- Sim, sem nenhuma. Nesse caso, você poderia até colocar uma ou duas, assim mudaria tudo o que estou te falando. Mas isso vai de você, e do que você acredita.
- Não posso me enganar mais.
- Obrigado por entender.
- Não vá se perder por aí.
- Não vou. Até mais.
- Até.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Organizando memórias


Teve que fazer uma faxina no quarto. Naquele quarto, que quase ninguém vai, que guarda memórias e lembranças.
Tudo desarrumado. Decepcionante, ao seu ver, ter que passar uma tarde nublada de sábado com a tarefa de deixar tudo arrumado.
"Queria estar em outro lugar, não aqui", pensava. Mas era inevitável, e aquele acúmulo de livros, fotos e cadernos estava cada vez crescendo mais e mais. E a paciência da dona da casa diminuindo cada vez mais e mais. "É, vou ter que me conformar com isto" aceitou sem muita espontâneidade.
"Como conseguimos tal bagunça?", indagava sem paciência para si mesma. De um dia para o outro, o número de coisas no quarto havia duplicado.... coisa incrível.
E começou a organizar tudo. Primeiro quase nem olhava e classficava como algo útil ou não. Caso não fosse, ia para o lixo. Caso fosse, ela o separava.
E uma hora se passou. Ainda na mesma tarefa, se pegou surpreendida lendo um dos livros. "O Livro das Virtudes Para Crianças"... se lembrava bem. Seu predileto, sim, era aquele. Sua mãe o havia encapado com plástico para não se danificar com a ação do tempo... foi sábia ao pensar assim. O livro tinha aproximadamente 14 anos e estava inteiro, com todas suas figuras expressivas e detalhistas dramatizando mais ainda as histórias ali contadas. Lembrava-se de uma, que foi a que mais lhe marcou: Cinderela Indígena. Bonita, muito bonita.
Como era bom reviver tudo aquilo.
Pensar nas noites que dormia na mesma cama com a mãe e a irmã, tomando um sorvete de danone em baixo de um edredom fofinho. Adorava ouvir histórias... adorava senti-las. Pouco a pouco, ouvindo a voz da mãe, começava a sentir os olhos pesados. Sinal de sono. "Acho que ela [a mãe] ficava feliz quando ouvia um bocejo", talvez era verdade, criança pequena realmente não dá dencanso.
Colocou o livro na pilha (que já estava grande, por sinal) e voltou ao trabalho. Avistou um caderno velho jogado no canto. Lembrou-se instantaneamente: seu ano da 3ª série do ensino fundamental."Que preocupação eu tinha com canetas coloridas!" era um capricho só. Vários recados de parabéns da professora, e uma letra até que bonitinha pra idade que tinha. "Bons tempos", refletia.
Depois disto, encontrou cartas, fitas k7 (a maioria da Disney), fitas de música, fotos de pequena e livros que poderiam ser muito interessantes. Estes ficaram guardados e separados. O resto foi posto, por milagre, na prateleira.
Por fim sua tarde havia sido diferente e surpreendente. Nunca poderia imaginar que uma faxina de 4 horas lhe trouxesse tanta felicidade e saudade. Agora sim entendia de maneira verdadeira o significado de "nostalgia".

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